Estreia mundial: 29 de agosto 2014
Estreia no Brasil: 5 de fevereiro de 2015
Nome original: The Imitation Game
Gênero: Drama/Biografia
Diretor: Morten Tyldum
Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Alex Lawther, Allen Leech, Matthew Beard, Charles Dance (...)

Avaliação
 




Sinopse
Baseado na história real do lendário criptoanalista inglês Alan Turing, considerado o pai da computação moderna, narra a tensa corrida contra o tempo de Turing e sua brilhante equipe no projeto Ultra para decifrar os códigos de guerra nazistas e contribuir para o final do conflito.


Resenha
Com oito indicações ao Oscar, (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado), O Jogo da Imitação é inspirado em dois fatos extraordinários envolvendo a figura de Alan Turing. O primeiro fato corresponde ao desenvolvimento de um aparelho que pudesse decifrar o código nazista usado em mensagens escritas a partir da máquina Enigma. O segundo fato foi o risco de lidar com a sua orientação homossexual em uma Inglaterra intolerante e preconceituosa.
 
O maior problema de decifrar o código da Enigma é o tempo. Às seis da manhã a primeira mensagem é recebida e, a partir dessa hora, os especialistas tem dezoito horas para decifrar o código, pois, quando der meia noite, o código muda totalmente e eles precisam começar tudo de novo. 
Após o Reunio Unido declarar guerra em 1939, Alan Turing, um gênio matemático, vai trabalhar no centro britânico de quebra de códigos, sob poder superior do Comandante Alaistar Denniston (Charles Dance), e entra para a equipe de decifradores comandada por Hugh Alexander (Matthew Goode), mais Peter Hilton (Matthew Beard), John Cairncross (Allen Leech) e outros dois especialistas. A missão que é dada à equipe é a de decifrar o código nazista usado em mensagens escritas a partir da máquina conhecida por Enigma.

De certa forma arrogante e verdadeiramente muito difícil de lidar, Alan Turing não é o melhor dos colegas de trabalho e, enquanto o resto da equipe tenta decifrar o Enigma na ponta do lápis com cálculos e mais cálculos, o matemático desenvolve uma máquina que poderá fazer isso de forma muito mais fácil. Mas é claro que ninguém acredita nisso, irritando toda a equipe por verem Alan "não fazendo nada", pois todos estão frustrados por trabalhar tanto durante o dia e, ao bater da meia noite, ter todo o trabalho jogado no lixo. 

Alan irritado por não ter todo o investimento e credibilidade que precisa para sua máquina, negado pelos dois comandante principais, Denniston e Hugh, resolve enviar uma carta ao primeiro ministro Winston Churchill, que o coloca no comando da equipe e decide bancar a máquina, coisa que não agrada muito a ninguém, pois todos duvidam que não dará em nada. A primeira providencia que Turing toma é a de demitir dois dos especialistas que antes estavam na equipe, considerando-os incompetentes, e convocar outros dois para o cargo. Para isso, publica um dficíl jogo de palavras cruzadas no jornal e quem conseguisse resolver, deveria se apresentar e passaria por um segundo teste: resolver outro problema dificílimo em menos de seis minutos. 

Joan Clarke (Keira Knightley) é a única mulher a resolver o jogo de palavras cruzadas e a primeira do grupo de selecionados a resolver o problema em menos de seis minutos (cinco minutos e trinta e quatro segundos, como o mesmo Turing observa). Com sua equipe devidamente formada, Alan consegue montar sua máquina, nomeada de Christopher (que era o amigo dele durante um período da infância) e fazem de tudo para quebrar o bendito código e parar a guerra, antes que seja tarde demais.

A linha do tempo desse filme não é cronológica, e sim psicológica. Ele apresenta três histórias: em 1951, o “presente”, temos o Detetive Robert Nock investigando a vida de Alan Turing e em 1939, temos a história de toda equipe tentando decifrar o código e lidar com a personalidade complicada de Allan Turning. E então temos a terceira história, que é a do jovem Alan e seu amigo Christopher. Mas nada disso torna o filme tedioso ou confuso, pelo contrário, pois colabora muito para o entendimento da história.

A grande proposta do filme é mostrar que, mesmo Alan Turing sendo crucial na Vitória dos Aliados e sua máquina ter sido no mínimo inovadora (ele é considerado o pai da computação, pois teve uma influência muito grande no desenvolvimento do que chamamos de inteligência artificial e formalizou os conceitos de algoritmo e computação), ele foi julgado como criminoso por ser gay, o que nos faz lembrar a rigidez homofóbica que um dia foi presente em governos internacionais.

A produção do filme é maravilhosa. As atuações são brilhantes. Assisti esse filme com meu namorado num sábado chuvoso com direito a pipoca improvisada e muitas cobertas. Simplesmente maravilhoso! Um história que era totalmente desconhecida para mim, mas que ficará marcada pra sempre. Benedict Cumberbatch está espetacular e a última cena dele com a Keira foi simplesmente devastadora. Esse filme tem tudo um pouco e com certeza se tornou um dos meus favoritos. Emocionante, envolvente, trágico e devastador. Assistam!